E sentado numa poltrona dolorosa estou
Pensando no que devo fazer e no que deixei de fazer
Pensamentos que voam em meados a sede que minha garganta sente
Confundidos pelo sentimento que nada mais agüento;
Perdido nas águas do destino
Águas turbulentas tão quanto às tempestades de areia de um deserto
E toda essa confusão que nada mais é feita
Através da irracionalidade de um ser humano;
Um ser tão inteligente quanto um cachorro que vive por instinto;
Mas pra que falar mal de tais animais leais?
Pra que cita-los e compara-los com essa criatura
Que por muitos é dita como formosa
Mas que apenas sabe destruir a formosura
De tal terra;
E assim quando penso
Sinto-me completo
Por não destruir e apenas insistir
Em ter o que ninguém mais tem
O que é desejável mas ao mesmo tempo inalcançável
A perfeição;
Uma perfeição silenciosa
Graciosa e fria
Que dói em nossas espinhas
De uma forma nada amistosa
Mas que depois da dor
Vem o alívio
E depois desse alívio
A perfeição silenciosa
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