sábado, 13 de março de 2010

Irmãos de Armas

Sei que um companheiro de batalha nunca abandona seu posto, principalmente quando seu aprendiz está necessitado. Desde os tempos anteriores, quando outros seres viviam no mesmo plano, humanos decaíam de seus postos e eram arremessados no tártaro, sem piedade. Mas e quando, um humano é encontrado por um destes seres e este ser se torna seu protetor? Dois dos grandes lhe protegiam, guiavam seu caminho pela luz mostrando que a vida não era simplesmente de Ira, muito menos de mentes analíticas e de guerra, que ele poderia contar com eles para todos os problemas que estariam ao seu lado eternamente, era uma promessa por mais dolorosa a vida humana fosse e mesmo tendo feito um pacto eterno com sua alma. O homem acreditou nas sábias palavras, daquele que era como um pai e daquele que era como um irmão mais velho, seu mentor e protetor.

A guerra trouxe muitos ganhos, mas também muitas perdas e uma delas até hoje se mantém visível nos olhos negros daquele homem, olhos que vêem muito mais que outros que conseguem captar sentimentos e ligações antigas. Esta era uma dádiva concedida pelos guardiões para que o homem jamais perdesse seu caminho e que os protetores pudessem estar ao seu lado sempre que demônios aparecessem para atormentar sua vida. O homem, encontrou seu irmão e seu pai, seus olhos brilhavam como as chamas que antigamente ele brincava e usava contra seus inimigos, seu peito – jamais cicatrizado – palpitava de alegria, encontrou também, aquela que lhe trouxe para aquele mundo, e também uma desconhecida que sabe ele que foi da mesma época, mas não sabe quem era ela. Caminhos que trilhavam para se cruzar e para enfrentar uma nova guerra, esta, sem derramamento de sangue, mas sim a guerra dos homens, o dia a dia de viver e não ser um imortal de corpo.

Seu espírito reascendia, seu antigo nome ressoava, e sua antiga vida parecia querer voltar a existir. Ele entregou toda sua vida, todo seu espírito para seus compatriotas, alegando estar de volta para casa depois de muito tempo. Mas e se por um momento, todas as promessas resolvessem ser quebradas? E se o homem não quisesse mais a proteção de seus “familiares” e acreditasse que poderia andar em frente sozinho, enfrentando seu próprio medo, seus próprios erros, seus próprios demônios?

Mal sabe seu irmão, o que o homem sente. Ele inveja tudo que ele já passou e tudo que ele já teve e tem, inveja sua capacidade de lidar com os problemas e sua capacidade de ser alguém muitíssimo superior em todos os sentidos. Poucos que lerem esta postagem, saberão quem é o homem e quem são os protetores/guardiões, pai/irmão, muito menos que é o homem. Mas sei que o homem espera reencontrar novamente em uma outra vida, mesmo que sua alma e essência esteja prestes a se extinguir, da mesma forma que ele fez no passado com outros.

Há quem diga que criança que brinca com fogo, faz xixi na cama; Mas eu digo que homens que brigam com fogo, sabem a dor que podem sentir, mas ainda sim, se divertem com tamanha felicidade. E não existe fogo, seja ele etéreo ou real, muito menos infernal, que o faça desistir de ser quem é, mesmo que seu caminho já esteja perdendo a luz, mas aos poucos, o homem reencontrara seu irmão de armas e lutarão mais uma vez, lado a lado.

He who makes a beast out of himself, gets rid of the pain of being a man

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sonhos

Sonhei como já há algum tempo não fazia. Sonhos que não tinham ligação nenhuma de forma consciente e sem analisar. Um deles, é o que mais me chama a atenção é ter visto meu pingente de Dragão, aquele qual eu arremessei ao mar simbolizando uma despedida do meu “antigo eu”, de meus problemas e de meu passado; símbolo de mudança drástica. Fiz isso por ter forças ao ver uma pessoa muito importante para mim fazer o mesmo, esta apenas jogando um pequeno coco mas com muito significado. Senti vontade de chorar, ao me despedir daquele dragão que era de estimação para mim, mas com o tempo fui deixando ele de lado, sentindo sua falta mas repondo em meus pensamentos que seu símbolo de proteção vivia dentro de mim. Mas estava eu, em frente a um Supermercado com alguns amigos vendo outra pessoa, um carro com várias fotos suas. Era de noite e sentia frio por dentro, até que uma conhecida aparecia e me entregava o pingente, dizendo te-lo encontrado por esses dias. Era estranho, que seu formato de pingente havia se tornado uma “pedra”, sua parte oca estava preenchida com um material muito pesado. Sei que ao vê-lo, meu coração se enchia de alegria, era como se um sinal tivesse sido me dado e então, despertei.

Outros sonhos, não deixaram de ser importantes para mim, tendo um deles até ficado em minha cabeça da mesma forma do pingente. Ver um rosto tão importante sorrir depois de tanto chorar e estar deprimido, fora um suspiro de vida, mesmo sabendo que era um sonho, sei que os tempos irão prosseguir como sempre fizeram e sei que tanto eu, quanto ela, conseguiremos sorrir novamente de forma sincera. Coisas boas estão por vir e espero que não só para ela, como para todos.

Um brinde a sinceridade e a todos os piscianos neste mês, se acreditam em misticismo sabem que está em nossa última reencarnação, então aproveitemos e sejamos o que somos de bom, pessoas sinceras, confiáveis, humildes e que transmitem confiança para quem amamos.

Palavras que jamais devem ser ditas

Palavras que jamais deviam ser ditas são escritas. Sei como isso é difícil para mim, mas é uma das poucas formas que faço para expor e usar como escape para meus pensamentos, para meus sentimentos, que por mais de uma vez já foram sub-julgados. Dizem que a esperança é a última que morre, mas se assim for, minha vida já deva ter se extinguido já a muito tempo, não existe mais esperança muito menos sonhos que desejam ser conquistados, agora começo a tracejar um caminho igual ao passado, um caminho independente e finalmente tentando enfrentar meu medo e minhas dores.

Cicatrizes que não foram curadas, outras que apenas foram tampadas, uma forma de agir que precisa ser mudada. Vivo sempre para os outros, e não para com os outros, ou para mim, tudo isso em busca de uma aceitação inexistente e de forma inconsciente que se tornou consciente, invejosa e ambiciosa. Um desejo que já se tornou obsessão uma vez, destruindo a confiança e a chave de minha vida, a lealdade. É fato e concreto, dizer que não aceito isso, não aceita minha traição para com as pessoas, ainda mais quando tendo culpá-las pelos acontecidos.

Não entendo como tudo que passei afetou tanto assim minha forma de ser de um tempo para cá, seria o fato “crescer” mediante ao que você passou, assimilar de forma erronia os acontecimentos e as trapaças. Viver em uma ligeira auto-proteção, esta consciente e mesmo assim sabendo que não é saudável.  Então, como fazer para aceitar e tentar mudar? Como fazer para perdoar o passado e os próprios erros? Quando seu coração está tão rasgado que até para junta-lo está sendo complicado.

A difícil compreensão

Por que tem de ser assim tão difícil para se compreender que necessito do silêncio para melhorar? É tão complicado assim entender neste corpo e espírito uma cicatriz jamais foi curada? Que a cada dia que se passa ele busca constantemente se erguer, tentando achar seu caminho?

São como flores que precisam do sol para crescer e que as noites se fecham para descansar e se recuperar, pois no outro dia elas terão mais energia e entrarão em um ciclo de vida que não é eterno.

Sou como as estrelas que da mesma forma que nascem, elas morrem, mas ficam em nossas mentes por causa do brilho.
Sou como o sol que aquece nossas vidas, mas que também faz elas sofrerem.
Não sou como a lua que brilha na escuridão e indica caminhos, mas tento ser como ela, como a pequena estrela que tenta chamar a atenção.
Um homem perdido na linha do destino, sem saber quem é.
Procurando encontrar seu caminho naquele deserto
Um deserto que lhe faz sofrer e ser perdido.