segunda-feira, 25 de junho de 2012

Intolerância

Fazemos muito pelas pessoas, mas nos momentos em que mais precisamos elas não estão presentes. Momentos de paz espiritual, de mudanças que deixem de ser drásticas em nossas vidas, acontecimentos que não mais machuquem nosso dia a dia.

Olho para o espelho e fico perdido, olhando para o vácuo, como um corpo sem vida. Tento deixar de ser cego, procurando a cura para a escuridão. Buracos enormes que parecem não se fechar e ficar maiores do que já eram. Esperanças e sonhos que nada mais são que ilusão e tudo fica sem razão.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O inimigo

Sinto insatisfeito com o mundo que me rodeia cada vez mais me coloca para baixo. Depressão é a palavra chave, poucos percebem isso. Qualidade não é quantidade, mas sinto-me vazio, sem esperança, sem motivação.
Retirada da deviantart

Puxo um cigarro e acendo, olhando para o mar, vejo como são as ondas, olho para o lado vejo um casal com sua criança, mais vazio me afeta. Procuro uma resposta para essa tristeza que me assola, mas nada encontro.

Tento mudar, ser quem não sou, sorrir como mascara, dizer que esta tudo bem, não trazer preocupação para os outros. Lhe procuro, mas você não me vê, lhe falo, mas você não me ouve.

Sinto-me vazio, sem luz, sem essência. Pergunto-me quem sou, o que fazer, como ser. Sou movido a perguntas sem respostas, saboto-me em cada gesto, em cada palavra, em cada ação. Sou meu pior inimigo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pilastres

Pilastres tem de ser construídos para sustentar um prédio. O problema é quando você começa a construir todos de uma só vez e quando um desmorona, todos caem ao mesmo tempo.

Fotografia por Kayman Lima


Ficamos sem força para nos levantar, perdemos a noção de espaço, sentimos o vazio tomar conta de todo o ambiente. Olhamos para o terreno pensando em como construir novamente o pilar, mas sempre pensando em construir no mesmo local, querendo apenas aperfeiçoar e retirar aquelas falhas. Mas o construtor esquece que naquele terreno, existem falhas, já possui imperfeições e o próprio terreno precisa ser re-trabalhado para poder ter novos pilares.

Metáforas, tão reais quanto a vida.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Silêncio


Silêncio que aflige a noite, que afeta nossos sentidos, retirando cada pitada de noção de um ambiente. Silêncio assustador que queima nossa mente, espanta consciência, atrai a sombra. Paredes mudas, sons do vento, desejo inconsciente que se torna consciente.


Visão e janela, portas trancadas, latidos de um cachorro que acabam com o silêncio. O menino que ali dormia, despertou assustado, sua adrenalina fora lançado pelo corpo, seu coração acelerou, o desespero o fez acordar. Olhou para os lados e não via ninguém próximo, seu cachorro estava na janela próxima à piscina, olhava para a rua, como se estivesse aproveitando a paisagem, suas orelhas em pé, ouvindo cada momento e percebendo o todo.
 
Um todo incompleto, uma piscina descartada, um espirito acabado, uma lembrança descontinuada, uma esperança de reajuste.

Sem um título em especifico.


As vezes nos sentimos sós, parece que nosso mundo interno entrou em colapso e não existe nada que possa ser feito para ele ser regenerado.

Olhamos para o todo e não enxergamos. Procuramos uma via de acesso até algo que nos seja confiável, algo que remeta ao nosso conceito de bom... Nos sentimos perdidos e praticamente sem noção, sempre a procura de uma resposta para cada minúscula pergunta de nossa vida.

Chega um ponto que até cansamos, uns desistem, outros tentam desistir e alguns ainda persistem. Nos chateamos com palavras, com gestos, com qualquer coisa.

E no geral, para que foi dito todo este texto? Por que leram até o final? O autor, não tem resposta, você será que tem?

terça-feira, 5 de junho de 2012

Além da matéria, além da distância, além do toque...


Fotografia por Igo Lapa

Que sentimento mais puro é esse que eu sinto por você? Algo além do tangível, além do real. Não que esse amor seja irreal, muito pelo contrário.
Minha vida é contradição, um dia feliz, outro triste. Um dia bossa nova e o outro rock'n roll, mas o que permanece intacto e intocável é esse doce e puro amor.
Quando ouço tua voz, quando fecho os olhos e toco minha pele usando o máximo da minha imaginação e forçando minha mente a acreditar que são suas mãos percorrendo meus braços, meu pescoço... Quando passo os dedos nos meus lábios e é como se os teus estivessem me dando um beijo suave. Quando encosto minha cabeça no travesseiro e em meus sonhos consigo sentir sua pele encostada na minha, sua respiração forte nos meus ouvidos e seus braços me envolvendo suavemente como se estivesse zelando por meu sono...
Quando... quando... quando... Quando imagino essas coisas, consigo diminuir a distância entre nós e tu me faz escapar um sorriso bobo, despretensioso, mesmo que de longe.
O nome disso? Amor.
Texto por Raphaella Araújo 

A distância por muitas vezes não implica em um obstáculo para um sentimento, mas também na super valorização do mesmo. Amar, não é estar ao lado de alguém, não é dar ao outro tudo que se quer, não é ouvir o que se pede. Amar, vai de cada um para cada um, vai de um simples gesto a uma simples palavra. O amor, não é impossível, não é inexistente, não é dependente... É inconsequente e incoerente.

domingo, 3 de junho de 2012

Sol Nascente

Brilha sol, mais um dia. Tenta trazer consigo a essência e o calor que aquece muitos espíritos. Levante e brilhe, como todos os dias, mas me trás um novo brilho, uma nova esperança, um recomeço.

sábado, 2 de junho de 2012

Ego cogito, ego sum.

Amizades que se guardam com o tempo, onde esse tempo é relativo. Uma sede por esperança, uma clareza em nossas lembranças. Rios que levam água pura, mas que se poluem pelo caminho, igual a nossa essência.

Tento me ater a força, mas a fraqueza é mais forte e mais aconchegante. Tento ver o mundo com outros olhos, talvez com os reais, aqueles que poucos conseguem ter a vislumbração. Tento dizer a mim mesmo, o que digo aos outros:

"Calma, tudo vai se resolver, tudo vai dar certo."

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Grande Pequeno

Era uma vez um menino sonhador que acreditava em fantasmas, monstros. Gostava de brincar em torno de uma árvore, com amigos imaginários, personagens de desenhos animados. Achava que tinha poderes, criava mundos. Uma criança feliz, por mais só que fosse. Sonhava no dia que se tornasse adulto, iria ter seu trabalho, sua casa, sua família, sua própria vida, seu próprio destino. Anos se passam, decepções familiares acontecem, conhece o significado da amizade e da falsidade. Descobre que o mundo não é tão feliz quanto parecia enquanto brincava em torno da árvore.

Dizia, que o mundo dos adultos não era feliz. Ele queria ser uma criança, sem preocupações, sem brigas, sem decepções. Não queria mais derramar uma lágrima por alguém, não queria perder o resquício de inocência existente em si. Seus olhos, antes mais abertos, onde via o tão-tão distante mundo, começaram a se fechar. Seus companheiros imaginários, esperavam-lhe reencontrar um dia, quando ele deixasse o mundo dos adultos.

Seus olhos cada vez mais se fecham, por mais difícil que esteja de aceitar a realidade, não quer deixar de acreditar nos sonhos, naquela vida e naquele possível mundo, onde não se preocupasse mais em querer chamar atenção.

Acelerômetro da Vida

É simples como as coisas são complexas, nos vemos presos em quatro paredes, cercados por semblantes de ilusões, misturados com a realidade. Vemos uma brecha de luz e tentamos nos ater a ela, uma busca pela saída, pela vitória, pela alegria. Esperamos demais das pessoas, respostas, explanações, sorrisos, entre outras diversas expectativas.

Queremos muitas vezes, simplesmente deixar acontecer e ver aonde vai chegar, mas, ás vezes, somos brecados como animais, sem a opção de poder dizer: Espera.