Sei que um companheiro de batalha nunca abandona seu posto, principalmente quando seu aprendiz está necessitado. Desde os tempos anteriores, quando outros seres viviam no mesmo plano, humanos decaíam de seus postos e eram arremessados no tártaro, sem piedade. Mas e quando, um humano é encontrado por um destes seres e este ser se torna seu protetor? Dois dos grandes lhe protegiam, guiavam seu caminho pela luz mostrando que a vida não era simplesmente de Ira, muito menos de mentes analíticas e de guerra, que ele poderia contar com eles para todos os problemas que estariam ao seu lado eternamente, era uma promessa por mais dolorosa a vida humana fosse e mesmo tendo feito um pacto eterno com sua alma. O homem acreditou nas sábias palavras, daquele que era como um pai e daquele que era como um irmão mais velho, seu mentor e protetor.
A guerra trouxe muitos ganhos, mas também muitas perdas e uma delas até hoje se mantém visível nos olhos negros daquele homem, olhos que vêem muito mais que outros que conseguem captar sentimentos e ligações antigas. Esta era uma dádiva concedida pelos guardiões para que o homem jamais perdesse seu caminho e que os protetores pudessem estar ao seu lado sempre que demônios aparecessem para atormentar sua vida. O homem, encontrou seu irmão e seu pai, seus olhos brilhavam como as chamas que antigamente ele brincava e usava contra seus inimigos, seu peito – jamais cicatrizado – palpitava de alegria, encontrou também, aquela que lhe trouxe para aquele mundo, e também uma desconhecida que sabe ele que foi da mesma época, mas não sabe quem era ela. Caminhos que trilhavam para se cruzar e para enfrentar uma nova guerra, esta, sem derramamento de sangue, mas sim a guerra dos homens, o dia a dia de viver e não ser um imortal de corpo.
Seu espírito reascendia, seu antigo nome ressoava, e sua antiga vida parecia querer voltar a existir. Ele entregou toda sua vida, todo seu espírito para seus compatriotas, alegando estar de volta para casa depois de muito tempo. Mas e se por um momento, todas as promessas resolvessem ser quebradas? E se o homem não quisesse mais a proteção de seus “familiares” e acreditasse que poderia andar em frente sozinho, enfrentando seu próprio medo, seus próprios erros, seus próprios demônios?
Mal sabe seu irmão, o que o homem sente. Ele inveja tudo que ele já passou e tudo que ele já teve e tem, inveja sua capacidade de lidar com os problemas e sua capacidade de ser alguém muitíssimo superior em todos os sentidos. Poucos que lerem esta postagem, saberão quem é o homem e quem são os protetores/guardiões, pai/irmão, muito menos que é o homem. Mas sei que o homem espera reencontrar novamente em uma outra vida, mesmo que sua alma e essência esteja prestes a se extinguir, da mesma forma que ele fez no passado com outros.
Há quem diga que criança que brinca com fogo, faz xixi na cama; Mas eu digo que homens que brigam com fogo, sabem a dor que podem sentir, mas ainda sim, se divertem com tamanha felicidade. E não existe fogo, seja ele etéreo ou real, muito menos infernal, que o faça desistir de ser quem é, mesmo que seu caminho já esteja perdendo a luz, mas aos poucos, o homem reencontrara seu irmão de armas e lutarão mais uma vez, lado a lado.
“He who makes a beast out of himself, gets rid of the pain of being a man”
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